Nas curvas dos caminhos, rotineiras,
Alongadas, na mata exuberante,
Mágicas noites, notas seresteiras
Evocam minha infância já distante.
Longes tempos... a escola campesina...
De sol a sol, jornadas de labor,
Tanta alegre canção, fartas vindimas,
Verdes, loiros trigais, fruto do amor...
Acolhedoras casas de madeira...
O parreiral, o forno, o poço antigo,
Tudo é lembrança e mora aqui comigo.
Joias quantas da quadra tão fagueira
Que sempre afago mais e, na verdade,
Reclamam brinde e versos à saudade...
Novembro de 1979